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Filósofo educador. "(...) a felicidade não é o somatório de todos os prazeres de que logramos desfrutar menos todas as dores que não conseguimos evitar e, sim, uma certa qualidade de vida".

sexta-feira, 20 de março de 2009

É possível ainda hoje aprendermos a viver segundo estilo de vida do mestre Sócrates?

Tarefa árdua, mas é possível se estivermos dispostos a viver uma vida equilibrada e justa; desinteressada das "coisas" sensíveis que não alimentam a alma senão o corpo. Para isso, seria triunfal resgatarmos nossa razão de ser, afastar os liames que nos conduzem aos prazeres meramente fantasiosos que o mundo nos oferece.
passam-se as estações e com ela a maturidade e à medida que vamos caminhando de encontro com o nosso eu interior sentimos tocados como pela brisa da manhã a filosofia que nutre em nós transformações fomentando novos e inquietos comportamentos e, sobretudo, refinando nossos sentidos para as questões sociais que por vezes nos despertam atenção.
Assim, como que banhados sensivelmente e motivados pelas doutrinas filosóficas "antigas" mas que assim mesmo acende em nós o espírito que nos conduz a sabedoria e desta a justiça vamos trilhando novas sendas. Ouvimos e aprendemos pacientemente através de teorias muito sobre conceitos de valores morais, éticos, virtude e justiça. Penso que todos esses conceitos encontram reistências em virtude do processo em que as coisas estão postas no mundo, tudo se faz com tamanha rapidez, o mundo do self acompanhando uma tendência evolutiva que ora o mundo nos impõe. Com isso, as pessoas mesmo que de posse de seus direitos e deveres, perdem o real domínio de si, pois estão comprometidos com a cobrança do mundo mecânico e capitalista, sendo portanto raríssimo os momentos para poderem refletir sobre si e sobre o mundo qeu o cerca.
Desta forma, estas pessoas acabam se tornando verdadeiras massas de manobra nas mãos de dominantes, que preocupados em cumprir com as determinações imediatas, não conseguem dar um passo para pensar em questões legitimamente humanas. Em consequencia disso, abandonam de vez o ideal de felicidade que é a realização do homem.
Na concepção grega, a virtude do homem é, pois a plena e perfeita manifestação daquilo que o torna válido. Desse modo, o bem para o home, só pode ser a virtude de sua alma, a perfeita realização de seu logos.
Nada mais é tão justo, se aprendessemos com os gregos a verdadeira essência de uma vida baseada nos princípios de cidadania e de valor moral, e mais, que adotássemos a hábito permanente de semear estes conceitos gratuitamente e nutrindo a esperança de cada ser, um a um, para que um dia pudessem se desprender das raizes da ignorância que tende a nos empurrar para a obscuridade.
Nesse ínterim, acredito que só no momento em que nos propusermos então a nos libertar das amarras da ignorância e apostar no triunfo dos valores, é que poderemos compreender melhor a vida daquele que foi o professor e mestre da justiça social; Sócrates. Ainda temos muito que aprender com ele, pois seus ensinamentos nunca se perderam no tempo e jamais se perderá, pois, por tamanha honra e dignidade acreditando que a verdade seria o caminho justo que os homens deveriam seguir, assim, optou por sua vida mesmo que podendo escolher entre um julgamento ou evadir-se dele. Preferiu o julgamento, pois de outra forma, estaria indo contra seus principios.
Acreditar que tão cedo possa surgir outro Sócrates acho difícil, teríamos primeiro que extirpar de uma só vez os anéis que nos encorajam a todo instante a atropelar as regras cívicas, os valores morais e não menos importante, acreditar que podemos viver juntos a justiça e especialmente a alteridade.
Reflexões filosóficas
Prof: Israel Martins

Um comentário:

  1. Sua reflexão deixa claro a necessidade que tem de reencontrar o caminho trilhado pelos gregos e que a modernidade desfez. Agora o mundo não é homogênio, não tem um fim, mas é matematizável e desarmônico. E agora como proceder diante de uma sociedade caótica e desamparada? Onde encontrar os valores? Nos gregos? Talvez em Tomás de Aquino (lei divina, lei eterna e lei positiva)? Na moral Kantina onde o valor dos valores é o sujeito moral? Ou na vontade de poder de Nietzsche? Cara essa é uma tarefa difícil. Aki vai uma boa leitura. Paul Valadier. A anarquia dos valores. Será o relativismo fatal?
    Valeu

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