Decorridos um quarto de século de um período
histórico que marcou a vida política dos brasileiros em 1985, o que podemos
dizer à respeito da democracia no Brasil?
A pensar na questão, temos muito pouco o que
comemorar não obstante os inúmeros avanços que demos em relação a alguns
países vizinhos, sobretudo no que diz
respeito às questões política,
econômicas e nos investimentos sociais ainda que questionáveis como devem sê-los.
Tudo isso ainda é pouco se levarmos em consideração que o acesso à cultura, o acesso
ao lazer que contemple os excluídos e principalmente, o acesso às benesses que
a democracia legou para as nações mais avançadas ainda estão em vias de serem
conquistadas em pequenos lugares como a CENTENÁRIA Divinópolis.
Digo isso porque prevalece nos dias de hoje
uma espécie de ditadura imposta por determinados clãs familiares donos de poder
econômico que ditam os rumos da política econômica local, alguns controlam o
setor de transporte e outros, o setor supermercadista produzindo prejuízos
incomensuráveis numa população exatamente por lhes faltarem um pré-requisito
elementar, qual seja, Liberdade para poderem fazer escolhas.
Não são raras as pessoas que se acham insatisfeitas
com a qualidade dos serviços prestados por esses dois setores importantes, sobretudo
o supermercadista que além da sua abrangência na região detém o monopólio no
grande centro da cidade. Por esse motivo os direitos de escolher livremente o
que se deseja como também comparar preços ficam comprometidos pela falta de
diversidade nesse setor.
Questionada sobre essa situação, uma gerente
de comunicação de uma grande rede supermercadista que atua em Belo Horizonte e
no interior informou que não se trata de um monopólio e desconhece essa
prática. “Há em Divinópolis uma dificuldade enorme de se encontrar um imóvel no
centro que atenda aos nossos requisitos, precisamos de um espaço grande para construir
uma loja grande e confortável para nossos consumidores que nos tem exigido cada
vez mais. Além do mais, os imóveis
disponíveis estão supervalorizados inviabilizando dessa forma nossas pretensões
de expansão de lojas maiores para a região do centro”.
Enquanto isso, não tendo alternativa, todos
nós acabamos por resignar e desse modo sustentamos cada vez mais o desejo de
poder de uma minoria que se mantêm forte
à custa do sofrimento de uma maioria que se sujeitam ao que lhes são oferecidos.
Vejo com muita freqüência jovens
prejudicados nos estudos e alguns até chegam a abandoná-lo devido a rotina de
trabalho cansativa ora de embalador ora de entregador de mercadoria. Não menos
que isso, não tendo uma empresa concorrente a altura capaz de lhes pagar
melhores salários e maiores vantagens,
todos os caminhos os conduzem a um único endereço. Daí a nossa
preocupação quando vemos respingar, nos dias de hoje, os germes de uma época
danosa que marcou a nossa historia e a vida de muitas pessoas, a história de um
Brasil colonial com seus senhores e escravos e depois um Brasil ditatorial
ensinando patriotismo com acoites levantados.
Já não é sem tempo para que nossos políticos
e empresários se voltem para questões como essa que estamos levando em
consideração. Essa visão míope e distorcida de crescer pensando somente em ganhar
dinheiro quando pouco ou nada se é investido em recursos humanos e no
aperfeiçoamento de funcionários mais competentes é coisa de gente que pensa
pequeno.
É fundamental estreitar os laços de
comunicação com outras empresas, atrair novos recursos e oportunizar a essa
cidade um crescimento cogente para mitigar a grande pobreza cultural e a
nefasta desigualdade que assola, sobretudo os mais desfavorecidos dessa cidade.
nossa passando por esta cidade ,tudo parece tao lindo e perfeito ,nao parecendo estar em minas gerais.Agora é um grande absurdo a questao,pois aquele que tem ao seu carro na garragem,pode ir a qq outro lugar ,nao precisando ir ate a periferia p efetuar suas compras.
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