PALAVRAS CRUZADAS: Os limites da semântica

Caros colegas, o texto abaixo foi o resultado de um posicionamento político em Assembléia na véspera de Eleição para escolha de Diretores da Escola na qual sou docente.
Por razões pessoais, deixei claro para os interessados ao cargo de diretor que não iria participar diretamente do processo eleitoral por não concordar com uma série de situações que ao meu ver andam na contramão de qualquer principio democrático. A escola pública tem por dever ser transparente na medida do possível, assim penso.
Entre tantas situações, uma me causou muita preocupação.
Como falar de política democrática se determinado candidato se recusa veementemente falar em assembléia para os professores e alunos seus reais interesses na condição de candidato à Diretor?
Um professor que abandona sua função (sala de aula) sem justificativa Legal, merece a apreciação dos eleitores?
Como falar de Democracia, ética e justiça social se nossos representantes ignoram a vontade da maioria (os adolescentes) ao se portarem de forma persuasiva ao sabor da mais cruel tirania?
Assim sendo, essas foram algumas das razões que me conduziram ainda na véspera da eleição adotar um posicionamento ácido em favor de uma postura mais transparente, justa e moralmente digna de um processo eleitoral dos nossos candidatos, sobretudo por estarmos envolvendo uma série de crianças e adolescentes no problemático universo ético e político.
Se é na escola que passamos as primeiras lições de cidadania, não me parece que estamos representando muito bem nosso papel.
Enquanto professores, acredito que temos muito mais o que aprender do que ensinar.